AVALIAÇAO DIAGNÓSTICA

                                                  AVALIAÇAO DIAGNÓSTICA
ALUNO:_____________________________SÉRIE:________________DATA:_______/_____/_______
Professora: Marizângela Silva Andrade
Texto para responder às questões de números 1 a 6, leia o texto abaixo..
                                              XENOFOBIA ARBÓREA
                                                                 Artur da Távola

    Cuidado, irmãos, estão se propondo a mexer nas árvores do Rio de Janeiro com um argumento
espantem-se nacionalista... A Fundação Parques e Jardins, bem intencionada, é certo, descobriu (só agora...) que das 600 mil árvores existentes na cidade, apenas 16% são nativas. 84% são o que eles chamam de “origem exótica”, o que quer dizer: vieram de outros países. E daí?, dá vontade de perguntar. Estão há séculos em nosso meio ambiente e só embelezam.Imaginem o que seria do Rio sem amendoeiras, palmeiras imperiais, mangueiras, jaqueiras, flamboaiãs, os ciprestes da Lagoa Rodrigo de Freitas (no lado da Borges de Medeiros) e os Fícus, por exemplo, do Morro da Viúva, verdadeiras maravilhas.
__ Isso só para citar de passagem algumas espécies chamadas exóticas.
Parece que o pessoal de Parques e Jardins não está radical, xenófobo nem furibundo com a
desnacionalização. O que pretende é equilibrar espécies nativas, próprias ao nosso ecossistema. Mas na fala deles há expressões perigosas: substituir 500 mil árvores exóticas por nativas, li na ótima reportagem de Túlio Brandão para O Globo. Ora, isso será um “arboricídio”! Usam também uma expressão que me assustou pois parece oriunda de um radicalismo político injustificável no caso de árvores: “colonialismo verde”, “invasão estrangeira”.
Isso assusta. De repente um paisagista ou botânico radical, com algum poder nas mãos resolve mexer em algo que é infelizmente desordenado, mas é das mais lindas características de nosso Rio: suas árvores centenárias, apenas porque são de origem estrangeira. Cuidado, portanto, fiquemos alerta, mesmo acreditando nas boas intenções dos nacionalistas verdes. Deviam, sim, estar preocupados com a erva de passarinho que invade milhares de árvores na cidade e vai secando-as aos poucos. Pessoa que vive a olhar para as árvores da cidade, afirmo que o Departamento de Parques e Jardins está a deixar a erva de passarinho, aquela praga, sufocar centenas, senão milhares de árvores no Rio.
Sejamos razoáveis. O Rio não tem que discutir se a árvore é nacional ou estrangeira. Árvore de
rua tem uma obrigação: fazer sombra, ter uma copa protetora do calor que, isso sim é do interesse da população. E embelezar.
                                                                                           (www.arturdatavola.com/Cronicas/adaptado)

1. A crônica acima defende a idéia de que:
(A) não interessa discutir se a árvore é nacional ou estrangeira.
(B) é importante retirar as árvores.
(C) vale a pena denunciar a invasão de árvores estrangeiras.
(D) deve-se exigir o plantio de árvores nacionais.

2. Segundo o texto, mais importante que eliminar as árvores estrangeiras é:

(A) defender as árvores nacionais.
(B) acabar com a "erva de passarinho".
(C) equilibrar espécies nativas.
(D) fazer um ato em prol da ecologia.

3. No trecho “Ora, isso será um “arboricídio”!, a palavra em destaque retoma:

(A) “ótima reportagem”.
(B) “substituir 500 mil árvores”.
(C) “expressões perigosas”.
(D) “ecossistema”.

4. Ao se referir, ironicamente, aos defensores da derrubada das árvores estrangeiras como “nacionalistas verdes” o autor deixa claro que há:

(A) pessoas que desmatam o verde.
(B) pessoas que não gostam de árvores.
(C) um movimento de arborização.
(D) um patriotismo exagerado.

5. A expressão “colonialismo verde”, no contexto do texto, significa:

(A) assassinato em massa das árvores.
(B) dominação estrangeira.
(C) árvores coloniais.
(D) árvores centenárias.

6. O uso do travessão no trecho “ __ Isso só para citar de passagem algumas espécies chamadas exóticas” é utilizado para:

(A) diferenciar os trechos.
(B) ligar os trechos.
(C) dar ênfase.
(D) comparar os trechos.

Instruções: Para responder às questões de números 7 a 10, leia o texto abaixo.

                                             BRIGA NO BECO
             Encontrei meu marido às três horas da tarde com uma loura oxidada.Tomavam guaraná e riam, os desavergonhados.Ataquei-os por trás com mãos e palavras que nunca suspeitei conhecer. Voaram três dentes e gritei, esmurrei-os e gritei,gritei meu urro, a torrente de impropérios.
          Ajuntou gente, escureceu o sol, a poeira adensou como cortina. Ele me pegava nos braços, nas pernas, na cintura, sem me reter, peixe-piranha, bicho pior, fêmea-ofendida, uivava. Gritei, gritei, gritei até a cratera exaurir-se. Quando não pude mais fiquei rígida, as mãos na garganta dele, nós dois petrificados, eu sem tocar o chão. Quando abri os olhos, as mulheres abriam alas, me tocando, me pedindo graças. Desde então faço milagres.
                                                             (Adélia Prado. Poesia Reunida. São Paulo: Ed. Siciliano.1991)

7. No poema, o que gerou o conflito entre o
“eu-lírico” e seu marido foi encontrá-lo:

(A) tomando guaraná.
(B) no beco às três horas da tarde.
(C) rindo desavergonhadamente.
(D) com outra mulher.

8. No verso "encontrei meu marido às três horas da tarde/com uma loura oxidada", a palavra em
destaque foi usada para indicar que a acompanhante do marido era uma:

(A) mulher ruiva.
(B) falsa loira.
(C) mulher negra.
(D) mulher oriental.

9. Nos versos “Ele me pegava nos braços, nas pernas, na cintura, sem me reter, peixe-piranha,
bicho pior, fêmea-ofendida, uivava”. As palavras “peixe-piranha” e “fêmea-ofendida” estão
ligadas por hífen. A autora utilizou-se desse recurso para que elas tenham um único significado. Qual é este significado?

(A) bicho.
(B) mulher.
(C) peixe.
(D) lobo.

10. O “eu-lírico” passou a ser reverenciado porque:

(A) fez milagres.
(B) enfrentou o marido.
(C) aquietou-se.
(D) gritou muito



                                                                                                                              BOA SORETE!